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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Fotografia

Lembranças de momentos que fizeram parte daquilo que posso chamar de "infância". Período em que sorrir era o único 'trabalho'. Corríamos por todos os lados, brincávamos de todas as coisas, transformávamos em tudo. Desde mulher maravilha até o pequeno polegar. Éramos papais, mamães, bonecos, árvores, pedras... Chorávamos por um solado ou então por quebrar um dente. Nadávamos no riacho, pulávamos no barro, tomávamos banhos de chuva. Tristezas, angústias, infelicidade... Ei, o que é isso? Não sabíamos... O tempo passou, os momentos se foram e as lembranças ficaram. Hoje uma foto preto e branca de uma velha casa que um dia foi o encanto de todas as manhãs, trazem recordações do que jamais quero esquecer: a fantástica simplicidade da minha infância.

Por Universo das Palavras

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mistérios

É mais fácil...
O Oceano caber dentro de um buraquinho
Do que o homem descobrir os mistérios de Deus.


Por Universo das Palavras

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Por Universo das Palavras

Mágica

Certa noite...
Acordei sorrindo
Abri a janela e olhei para o céu
E de longe vi Noel fugindo.

Por Universo das Palavras

domingo, 16 de dezembro de 2012

Aviso

O vento eufórico
Abriu minha janela
Ele veio com voracidade
Trazendo consigo o sino da capela.

Por Universo das Palavras


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pistas

Não ter ideia. Tem coisa pior?
Já pensei no céu. Nas estrelas. Pensei no vento, na chuva. Pensei no sol, na beleza do arco-íris. Já pensei na sombra. Já pensei na vida. Pensei nas flores, nos cantos. Pensei nos pássaros, na natureza. Já ouvi música, assisti filmes. Já li poemas, ouvi histórias. Já senti dor, dei risada. Já senti medo e ouvi mentiras. Já observei a areia e senti o movimento do mar. Mas nada, nada, traz-me a ideia certa para fazer com que siga os meus rastros.

Por Universo das Palavras

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

As Pedras

Num bosque viviam duas pedras. A Rocheli e a Pedrina. Dois pequenos seres calados, nunca saíam do lugar, nem mesmo se entreolhavam, todos os moradores do bosque as chamavam de arrogantes. Ambas viviam lá, paradas, estagnadas, fingindo que o tempo não passava e para elas realmente não passava. Todos que pelo bosque caminhavam, tropeçava em uma delas. Mas continuavam sempre lá. Os tropeços geravam xingamentos, raivas, machucados e raiva. Mas mesmo assim nunca tiravam-nas do lugar. Todas as manhãs um senhor de cabelos brancos sentava em um banco defronte às duas pedras e as observava, via o quanto as pessoas não se importavam com elas, as tratavam como "pedras". Ele sempre dizia a mesma coisa para quem por lá caminhava:
_Filho, tire essa pedra! Mas ninguém nunca o fez. Até que certo dia, um menino de pouco mais de onze anos, passava com uma caixa de engraxate pelo bosque e, como de costume, também tropeçou nas pedras. Olhou a elas e disse:
_ Poxa vou tirá-las daqui, se eu tropecei qualquer um pode fazer a mesma coisa e se machucar. Ao levantar as pedras com grande surpresa o menino encontrou dois buracos encobertos por pedrinhas de ouro. O garoto não sabia o que fazer, olhava para um lado e outro tentando descobrir de quem era aquilo o que fazia e porque estava lá e ninguém tinha encontrado ainda. Ao olhar para trás o senhor grisalho de livro nas mãos sentado no banquinho velho o observava de com um sorriso suave no rosto. O garoto então perguntou-o:
_ Meu senhor isso é seu?
Com toda a serenidade do mundo e sabedoria o senhor disse:
_ Parabéns meu filho, sua hora chegou, leve as para casa. São todas suas. Sem nem pensar o garoto colocou as pedras dentro da caixinha de engraxate, perguntou ao senhor se ele queria algumas, e correu para sua casa mostrar à família o que tinha encontrado e que agora não precisariam mais viver na miséria. 
Naquele mesmo dia Rocheli e Pedrina desapareceram e o senhor não foi mais visto por aquelas bandas.
"Na maioria das vezes pedras são colocadas em nosso caminho para nos mostrar algo, não existe nada mais simples que levantá-las e tirá-las de lá. Sempre que uma pedra existir no seu caminho tire-a, não fique reclamando, nem se lamentando ou julgando alguém por estar acontecendo algo. Não são reclamações, nem lamentações que mudarão sua vida e sim o seu ato... Então tire as pedras do seu caminho!"
Certa vez num grande centro urbano existiam duas pedras, Rochele e Pedrina. As duas atrapalhavam a caminhada das pessoas do local. Num banquinho de frente a elas, todos os dias, estava um senhor grisalho e com um livro em mãos, observando tudo que...

Por Universo das Palavras

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Idéia

No coração da bela moça sempre houve a beleza e a esperança de dias melhores. Desde pequena buscava em seus atos agradar a todos e ser sempre compreensiva. O tempo foi passando pessoas ela conheceu, momentos ela viveu, sentimentos ela experimentou e decepções a entristeceu. Sua vontade não era mais de estar ali naquele lugar, onde nasceu, cresceu e naquele momento vivia. Conquistou o respeito de muitas pessoas, amizades de uma vida. Fez sua vida. Apaixonou-se e foi "espancada" pelo amor. Chorou noites e noites. Aquela esperança que um dia a fazia feliz agora já não existia mais. Seus olhos eram nublados, nublados por sentimentos impuros de um coração maltratado pelo tempo. Com o passar dos anos ela percebia que não existia cumplicidade, nem mesmo reciprocidade, a vida era negra e aquela pureza que sempre teve foi em vão. Os dias se passavam e não saía da mente da bela moça que a única solução era... O coração revidava, mas a mente continuava persistindo naquela mesma ideia "insana". No peito apertado e magoado por aqueles por quem ela sempre se dedicou, havia uma voz que gritava, pedia por socorro. Não havia nada a ser feito a não ser aquilo que por hora "atormentava" sua mente. Certa noite duas crianças brincavam pelo jardim da cidade e observaram algo que lhes chamou atenção. Uma moça de olhos claros, capuz preto e um esquisito vestido branco, conversando com os peixes na beira de um lago. Enxergavam somente seu rosto e mãos. Era a mesma bela moça que cansada da tristeza que o mundo lhe reservou entregou pra quem realmente merecia a vida que lhe concedera. Deus.

Por Universo das Palavras




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